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Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
Sou Biólogo e entusiasta na Arte do Bonsai desde 1991. Montei esse blog para compartilhar alguns dos trabalhos que venho desenvolvendo, bem como compartilhar também algumas idéias e assuntos relacionados à arte. Gostaria muito da sua participação. Seja bem vindo!

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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dendrocronologia


É um método científico para estabelecer a idade de uma árvore, baseado nos padrões dos anéis em seu tronco. É estabelecida de acordo com o clima das épocas e, por isso, torna-se um grande método de datação absoluta dos climas passados. Esta técnica foi inventada e desenvolvida por Andrew Ellicott Douglass, fundador do laboratório Tree-Ring Research da Universidade do Arizona.
Uma das técnicas para datação é cortarmos transversalmente um pedaço do tronco ou galho de uma árvore, para que assim possamos ver o conjunto desses anéis, que são de tons claros e escuros, formando uma seqüência. Em seguida, a amostra tem que ser lixada para que assim consigamos retirar imperfeições deixadas pelo corte, tornando-a bem lisa, o que torna mais fácil a interpretação dos anéis de crescimento. Feito isso, posteriormente fotografamos essa amostra e depois editamos as imagens no computador com o intuito de investigar os anéis contidos na mesma. A seqüência de fotos acima são modificações geradas por computação gráfica de uma amostra de pinheiro negro semeado há mais de 60 anos. Foram feitos diversos contrastes nas imagens utilizando recursos do programa de computador Adobe Photoshop 7.0. Uma vez de posse das imagens digitalizadas foi possível fazer a sobreposição destas, com o intuito de se preencher lacunas das áreas de baixa interpretação cronológica. Ou seja, determinadas áreas onde se tinha dúvidas nas linhas de baixa e alta densidade desses anéis, uma vez que a amostra analisada sofreu diversas interferências humanas como rotação, adubação, rega e etc. Essas interferências modificam fisicamente as estruturas desses anéis de crescimento.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Casuarina equisetifolia




Foto Wagner Guedes


As Casuarinas foram introduzidas já faz um bom tempo ao belo cenário de Itacoatiara e estão por toda a orla da praia, se estendendo aos costões rochosos. Esta espécie veio da Austrália e se desenvolve em locais incríveis próximo ao mar. Em alguns trechos tornam-se dominantes, devido à espessa camada de folhas que caem no local, sufocando o crescimento das espécies nativas. Formando um sombreado denso e uma abundante camada de serrapilheira, com folhas e frutos que cobrem completamente o solo, eliminam a vegetação nativa adaptada às praias. Através das raízes, fixam nitrogênio por simbiose com actinomicetos (ou actinobactérias), sendo capazes de colonizar solos de baixa fertilidade. Uma vez estabelecidas, alteram radicalmente as condições de luz, temperatura e química dos solos. Competem agressivamente com a vegetação nativa e alteram o habitat de diversas espécies da fauna. São de grande resistência aos ventos fortes, crescem até em fissuras nas pedras e adaptam-se com facilidade a vários ambientes, tolerando solos salinos e calcários. A espécie, também conhecida como pinheiro australiano, foi introduzida provavelmente com fins ornamentais, paisagísticos ou para estabilização de dunas em áreas como de Cabo Frio, RJ.

domingo, 17 de agosto de 2008

Ecossistema ameaçado

Foto Marçal Lemos

A foto acima mostra um exemplar de Pithecolobium tortum que resistiu a uma queimada em um loteamento na restinga de Itaipuaçu. A especulação imobiliária tem crescido assustadoramente na região e, somada à falta de fiscalização, vem afetando negativamente esta espécie, além de diversas outras que ainda são desconhecidas pela ciência. A espécie arbórea em questão é nativa, apresenta dispersão irregular e descontínua, ocorrendo geralmente em baixa densidade populacional. Aqui no Brasil é conhecida vulgarmente como tataré, jurema, jacaré, vinhático de espinho e angico branco. A árvore é bastante ornamental, principalmente pela forma da coloração do tronco; é apropriada para trabalhos de bonsai e paisagismo, principalmente para arborização urbana. Presta-se também para plantios mistos em áreas degradadas de preservação permanente. Fora do nosso país é conhecida como “brazilian raintree”.