A história do mobiliário chinês foi remontada por historiadores a partir de xilogravuras encontradas em escavações arqueológicas. Muitas dessas gravações em relevo continham o ancestral chinês ajoelhado ou sentado com as pernas cruzadas sobre esteiras rodeadas por várias mesas baixas. Incluíam-se nesse cenário também algumas pinturas (telas), pergaminhos e outros descansadores para os braços, as pernas e suportes para diversos utensílios. Outros exemplos de mobiliário foram encontrados em escavações que datavam do antigo reino de Chu, cerca do ano 500 antes de Cristo. Alguns deles eram decorados com padrões únicos em laca colorida e esculpidos em alto relevo á mão livre. Esses achados revelam o nível cultural do mobiliário daquela época, onde predominava a estética minimalista. Concomitantemente a fusão da forma prática e funcional se transformava em trabalhos artísticos únicos e se torna o principal condutor de toda concepção histórica do mobiliário chinês. Registros que datam de 206 AC a 220 DC durante a dinastia Han indicam que inicialmente eram utilizadas plataformas baixas, chamadas de “ta” em cerimoniais de sacrifício pelos dignitários religiosos da época.

Posteriormente apareceram as plataformas que eram usadas tanto para sentar como para reclinar e estas serviram como exemplo na fabricação de mesas mais altas utilizadas durante as refeições diárias.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/27/Gu_Kaizhi_345.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6e/Song_Dynasty_Elegant_Party.JPG
Já no segundo século depois de Cristo, com a influência do Budismo, percebe-se que as cadeiras e as plataformas ficaram mais elaboradas. Mas foi durante a dinastia do norte e do sul (386 a 586 DC), que começaram a aparecer com mais freqüência bancos mais altos feitos em rattan.

Este tipo mobília acima chamada de estante dos tesouros ou “Duobaoge” foi concebida durante a Dinastia Qing e era utilizada para exibir preciosos trabalhos artísticos. As Duobaoge eram fabricadas de diversas formas dentro da mesma concepção e poderia ter apenas a simples função de decoração. Até hoje são consideradas pelos especialistas como o trabalho de marcenaria de mais representatividade do mobiliário no período Qing.
As mesas altas para expor flores, chamadas na China de “huaji” ou “huatai” aparecem logo no início do período Qing. Muitos acreditam que elas somente constam nas pinturas chinesas da época com intuito de representar esse tipo de trabalhos em marcenaria no período.
Embora no início da dinastia Qing os marceneiros geralmente seguissem os padrões clássicos, houve uma tendência para o refinamento correlacionando-se com que se permearam todas as artes decorativas que vemos hoje. A imagem abaixo mostra duas mesas idênticas que foram concebidas provavelmente no início do século 20.

Por fim, todas as mesas descritas anteriormente têm sua importância histórica e servem como inspiração na fabricação de novos modelos de mesas em todo mundo. Também com certeza foram as percussoras na exibição dos primeiros trabalhos com bonsai.

Oi, Ratto!!
ResponderExcluirMuito boa essa matéria, parabéns!!
A nossa mesinha ficou legal, hein! eu tb envernizei, ficou no jeito.
Estou de mudança para Rio das Ostras, te mando e-mail para falarmos, ok?
abcs!!
Sinval,
ResponderExcluirLegal saber que vc gostou dessa matéria!
É verdade, aquela mesa de peroba do campo ficou muita linda mesmo!
Trouxe da viagem diversas mesas para exposição de bonsai, que servirão de exemplo pra gente. Algumas delas foram publicadas aqui no blog. Assim que puder, vamos voltar a fazer?
Abraço amigo